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de
Gino Severini (*Cortona,
1883 – †
Paris, 1966), Pierrot the Musician,
por razões que o
inconsciente coração desconhece, fez emergir, pronta, a seguinte frase: -
A música soa a Pierrot decantando Colombina em seu descante. Diga-se, a bem da verdade, que a dita frase (fiat lux lunar?) veio no embalo sonoro da letra que Aldir Blanc pôs em Moonlight Serenade --- faixa 18, CD Aldir Blanc – 50 anos, RJ, Alma, 1996. (Clique no > para ouvir Moonlight Serenade)
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A conjunção astral estava perfeita: happy hour à luz da lua que, cheia, regia o marulho de sonhos on the rocks. E, para dar voz a tudo, Aldir Blanc. Cuja letra posta em Moonlight Serenade me convencia de que a música quer suas frases melódicas traduzidas em palavras. Talvez temerosa de que seu discurso, por natureza inefável, permaneça inaudível.
Face B desse meu nostálgico vinil: --- a poesia tem a pretensão de ser musical, melodiosa. Em suas cesura, métrica e rima ocultar-se-ia uma sinfonia (passe a rima) para ouvidos apurados, de fino trato. E se faltar aos ouvidos a educação musical exigida pela poesia --- sensibilidade incapaz de ler e traduzir a pauta musical ínsita aos versos? Que se previna o poeta. E peça a quem, com afinadíssima sensibilidade
saiba orquestrar seu versos. Foi o que fiz, pedindo a Manuel Filho e Cristina Lemos que dessem voz e acordes ao que, tácito, talvez soasse
em poemas insertos nos meus Palimpsestos.
(Clique nos títulos das faixas no menu acima, para ouvir as músicas, ou, se preferir, clique nos títulos abaixo e faça o download dos arquivos para o seu computador) O grão de naus ainda verdes, No outro venho a sentir e Alienação.
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